Física das Radiações - Aula 5 (parte 2)


 Continuando a matéria, chegamos a parte da conclusão para evitar o Flou Geométrico de acordo com os seguintes parâmetros: Maior distância foco-anteparo associada a uma menor distância objeto-filme e sempre que possível, menor foco. Teremos assim uma imagem mais nítida e de melhor qualidade.

Interação do feixe de radiação com o objeto

  1.  Feixe de radiação do emissor até o objeto - dFoO (radiação primária). Também chamado de feixe primário.
  2. Quando o feixe interage com o objeto. Tem uma diminuição do feixe, também chamado de feixe secundário.
  3. É quando o feixe sai do objeto (emergir/sair). Apenas 5% dos fótons saem do mesmo jeito que entraram, sem sofrer alteração


Atenuação do feixe de radiação

  1. Espessura: Quanto mais espesso (mais longo, maior comprimento, largura...) o objeto irradiado, maior será a diminuição do feixe.
  2. Densidade: quanto mais denso (mais massa) o objeto a ser irradiado, maior a diminuição do feixe.
  3. Número atômico (Z): Quanto maior o n° atômico, maior do objeto irradiado, maior a diminuição do feixe.

Absorção

Absorção Fotoelétrica

 É quando o fóton incidente atinge o elétron orbital do átomo, carregando-o, fazendo com que ele seja ejetado, causando posteriormente uma vacância que será preenchida por um elétron de uma orbita mais distante (ionização). O elétron ejetado passa a se chamar fotoelétron e o elétron que ocupa a vacância se torna um fóton característico (x) que é absorvido pelo corpo do paciente pois sua energia é muito baixa.

Produção de Pares

 É quando o fóton incidente atinge a vizinhança do núcleo (vai esbarras no núcleo) e forma dois elétrons, chamados de: Elétron (negativo, e-) e Pósitron (positivo, e+) que perdem sua energia cinética no local. É preciso ter uma energia superior a 1,022 Mev (mega elétron volts).


Difusão

Difusão elástica (Thomson)

É quando o fóton incidente desvia de sua trajetória inicial sem perda de energia, ele colite com o elétron, mas ao invés de transferir a energia para ele, ele é desviado. Sendo chamado de fóton espalhado ou resultante.

Difusão inelástica ou quântica (Compton)

 É quando o foto incidente atinge o elétron de uma orbita distante, transfere parte da sua energia para ele, desviando da sua direção original para uma diferente, criando um elétron Compton e um fóton resultante. Não contribui em nada na imagem. É independente do número atômico, depende da densidade do material.


O que eu entendi dessa budega?

 A interação do feixe de radiação fala nada menos do que as etapas do feixe antes, durante e depois de atravessar o objeto, para falar a verdade tudo isso já foi dito na segunda ou terceira aula, a diferença agora é que está tudo organizado e dividido.
 A atenuação do feixe é nada menos que a redução, causada por conta da espessura do objeto, densidade do objeto ou número atômico do objeto a ser irradiado. Quanto mais fatores associados, maior será a redução.
 A Absorção não prejudica a imagem, pois é absorvida pelo corpo - lógico - e é dividida entre absorção fotoelétrica e produção de pares. A absorção fotoelétrica é basicamente o mesmo que a radiação característica, a diferença é que quando o fóton de orbita distante preenche a vacância, não forma radiação característica, a energia dele é muito baixa, então o mesmo é absorvido pelo corpo do paciente. A produção de pares acontece quando o fóton incidente atinge a extremidade do núcleo, criando dois elétrons, um positivo e negativo, simples assim.
 Diferente da absorção, a difusão prejudica a imagem, mas é um mal necessário, pois é a mesma que forma a imagem radiográfica. Acontece sempre nos elétrons de orbitas mais distantes, é um espalhamento como dizem, dividido em dois tipos: Difusão elástica é a coisa mais simples do mundo, o fóton simplesmente colide com o elétron e muda de direção, sem perda de energia, basicamente é o mesmo de esbarrar em um estranho na rua ao meu ver. A difusão inelástica ou quântica já é mais complicada, consiste no choque do fóton incidente com o elétron, transferindo parte da sua energia e desviando da direção original, assim formando um elétron Compton e um fóton resultante (pesquisei sobre e tem algo sobre angulação evolvido no comprimento de onda do fóton, algo assim, mas depois confiro).  


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